Aftermatch da correção das provas (ou jornada ao Muro das Lamentações).
Picture this: uma legião de alunos que ficou de flauta o ano inteiro agora se descabela frente ao resultado pífio de suas iniciativas nas avaliações, as quais contemplavam a matéria dos dois semestres. Quem ouvisse a balbúrdia gerada na frente do quadro de notas haveria de imaginar que uma horda de banshees surgira de dentro da terra para atazanar os mortais. A variedade é assombrosa: dos que eventualmente poderiam ter alguma razão em suas lamúrias, àqueles que simplesmente não calcularam direito sua nota e agora pedem pontos de que não necessitam (passaram na prova mas foram reprovados na matemática). Promessas de emendas e pedidos os mais variados, incluindo processos de arredondamento “criativos”. E todos têm primazia sobre seus próprios colegas, claro, pois são especiais e diferentes em suas solicitações. Ora bolas.
Dizem que é uma atitude humana a atribuição de características ao passado de que este nunca dispôs, necessariamente. Ou seja, creditamos a ele valores de que nunca dispôs, mas que consideramos relevantes e, no limite, sentimos falta do que não conhecemos. Bem, eu realmente me pergunto se meu avô se deparava com esse tipo de coisas na Faculdade de Medicina quando lecionava por lá. Conta a lenda que um determinado aluno foi reprovado na cadeira de Clínica Geral (lecionada por meu avô) nada menos que seis vezes. Tratava-se de uma das últimas cadeiras do curso que, então, possuía duração de sete anos. Diz a mesma lenda que, ao final do sétimo ano, o mencionado aluno foi aprovado por “decurso de prazo” (ou algo assim). O que eu gostaria de saber é: será que meu avô, enquanto professor por mais de 30 anos, teve que suportar o mesmo tipo de baboseiras que eu agüento hoje? Sheesh!
The Lurker says: nada é tão medíocre que não possa ser patético.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário